Vamos levar às ruas, mais uma vez, a pauta da classe trabalhadora e as bandeiras dos manifestantes, que levantaram pautas nossas, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas
São Paulo – A CUT, as demais centrais sindicais (CTB, Força, UGT, CSP/Conlutas, CGTB, CSB e NCST), e o MST decidiram, em reunião realizada nesta terça-feira (25), em São Paulo, organizar atos conjuntos – do movimento sindical e social - no próximo dia 11 de julho em todo o País – e também os itens da pauta que serão levados à presidenta Dilma Roussef, em audiência que será realizada amanhã (26), no Palácio do Planalto, em Brasília.
As paralisações, greves e manifestações terão como objetivo destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nos gabinetes dos ministérios e também construir e impulsionar a pauta que veio das ruas nas manifestações realizadas em todo o país dos últimos dias.
“Vamos chamar à unidade das centrais sindicais e dos movimentos sociais para dialogar com a sociedade e construir uma pauta que impulsione conquistas, as reivindicações que vieram das ruas à pauta da classe trabalhadora”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Segundo o dirigente, além de mais investimentos em saúde, educação e transporte público de qualidade, como os manifestantes pediram e que é também uma pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras, os atos de julho irão reivindicar o fim dos leilões do petróleo, o fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40 horas semanais sem redução do salário, a reforma agrária e o fim do Projeto de Lei 4330 – “esse PL nefasto que acaba com as relações de trabalho no Brasil e é, na verdade uma reforma trabalhista escondida atrás de uma proposta de regulamentação da terceirização”, de acordo com Vagner.
“O que motivou a população a ir às ruas, a princípio, foi a revogação do aumento da tarifa do transporte coletivo. Concordamos que o transporte coletivo tem de ser subsidiado pelos governos, mas isso não pode impedir investimentos em saúde, educação e segurança e transporte de qualidade para a classe trabalhadora”, apontou o presidente da CUT.
Para ele, o Brasil melhorou muito nos últimos dez anos, mas a melhora foi mais da porta para dentro do que da porta para fora. “A insegurança aumentou, a piora nas condições do ensino e da saúde está fazendo com que o trabalhador gaste as conquistas, os ganhos salariais em escola, saúde e segurança privados”, justificou Vagner.
“Não fizemos as mudanças estruturais necessárias, a reforma agrária não ocorreu, o sistema político está falido, a representatividade não é democrática, as pessoas não são ouvidas, só elegem. A sociedade tem de controlar o trabalho dos políticos depois das eleições,” completou o dirigente.
Plebiscito
Sobre o plebiscito proposto ontem pela presidenta Dilma Rousseff para consultar a população sobre a Reforma Política, Vagner disse que a proposta é positiva porque o povo brasileiro quer participar.
Segundo ele, independentemente do debate técnico sobre a constitucionalidade ou não da consulta popular, a proposta é positiva porque a sociedade tem de ter mecanismos para vigiar.
“Ouvir o povo é importante. Os governantes têm de ter esse tipo de postura – que a presidenta Dilma teve – de, durante seu mandato ouvir os eleitores, isso é democracia representativa”, disse Vagner, esclarecendo sempre que não estava falando da Constituição, de questões jurídicas e, sim, da importância de se ouvir a opinião da população.
“Votar não é dar tutela. Tem de ouvir a voz que veio das ruas e o que veio foi, principalmente, a insatisfação do povo com a prática política pequena, para dentro e não para fora. O povo não aguenta mais e quer participar”, concluiu Vagner.
O calendário de mobilizações construído hoje, as manifestações e paralisações no dia 11 de julho será debatido pela Direção Nacional da CUT, que se reunirá em São Paulo na próxima quinta-feira, dia 27. Só neste dia, a CUT vai referendar, oficialmente, o calendário.
Pela CUT, participaram da reunião desta terça-feira, na sede da UGT, além de Vagner, Julio Turra (diretor Executivo), Valeir Ertle (secretário adjunto de Organização) e Quintino Severo (secretário de Administração e Finanças).
Proposta de gatilho salarial nem chegou a ser discutida por dirigentes sindicais
A pauta que a CUT e as demais centrais sindicais levarão a presidenta Dilma é a pauta da classe trabalhadora e não a dos rentistas, que querem aumento de juros e mais lucros
A proposta de criar um gatilho salarial como forma de combater a inflação nem chegou a ser apresentada na reunião da CUT, das demais centrais sindicais e do MST realizada nesta terça-feira (25), em São Paulo, como chegou a ser noticiado.
Durante a reunião, que decidiu pela realização de uma grande manifestação, com greves, paralisações e atos em todo o país no dia 11 de julho, para ancorar a pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras e as bandeiras que vieram das ruas nas manifestações realizadas nas últimas semanas, os dirigentes consideraram que o recado que veio das ruas foi claro: o povo quer participar e não admitirá mais políticos que não os representam de forma democrática, querem participar da construção de políticas públicas.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, foi o único que fez uma leve menção ao tema inflação que, para ele, teria contribuído para levar o povo às ruas.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, discordou. Para o dirigente CUTista, em nenhum momento das manifestações surgiu este tema porque os índices de inflação atualmente estão até menores do que no ano passado.
“Isso é discurso de rentistas, que querem aumento dos juros para ganharem mais. Aumento de juros só interessa a banqueiros. Agora, vamos dar as mãos a banqueiros?”, questionou Vagner.
A análise que Vagner fez das manifestações é a de que a insatisfação das pessoas é com políticas públicas de qualidade, em especial nas áreas de educação, saúde e transporte públicos de qualidade. Ele criticou a disputa de “agendinhas”, a partidarização do debate, as tentativas de levar vantagens para aparecer na mídia. “Com isso, a CUT não tem acordo!”.
O povo quer mudança de comportamento, não vai tolerar mais disputa de “pautinhas pequenas”, encerrou o presidente da CUT.
O acordo entre todas as centrais sindicais (CTB, Força, UGT, CSP/Conlutas, CGTB, CSB e NCST), e o MST foi a realização das manifestações no dia 11 de julho e a entrega à Dilma na audiência desta quarta-feira (26) da seguinte pauta:
As paralisações, greves e manifestações terão como objetivo destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nos gabinetes dos ministérios e também construir e impulsionar a pauta que veio das ruas nas manifestações realizadas em todo o país dos últimos dias.
“Vamos chamar à unidade das centrais sindicais e dos movimentos sociais para dialogar com a sociedade e construir uma pauta que impulsione conquistas, as reivindicações que vieram das ruas à pauta da classe trabalhadora”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Segundo o dirigente, além de mais investimentos em saúde, educação e transporte público de qualidade, como os manifestantes pediram e que é também uma pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras, os atos de julho irão reivindicar o fim dos leilões do petróleo, o fim do fator previdenciário, a redução da jornada para 40 horas semanais sem redução do salário, a reforma agrária e o fim do Projeto de Lei 4330 – “esse PL nefasto que acaba com as relações de trabalho no Brasil e é, na verdade uma reforma trabalhista escondida atrás de uma proposta de regulamentação da terceirização”, de acordo com Vagner.
“O que motivou a população a ir às ruas, a princípio, foi a revogação do aumento da tarifa do transporte coletivo. Concordamos que o transporte coletivo tem de ser subsidiado pelos governos, mas isso não pode impedir investimentos em saúde, educação e segurança e transporte de qualidade para a classe trabalhadora”, apontou o presidente da CUT.
Para ele, o Brasil melhorou muito nos últimos dez anos, mas a melhora foi mais da porta para dentro do que da porta para fora. “A insegurança aumentou, a piora nas condições do ensino e da saúde está fazendo com que o trabalhador gaste as conquistas, os ganhos salariais em escola, saúde e segurança privados”, justificou Vagner.
“Não fizemos as mudanças estruturais necessárias, a reforma agrária não ocorreu, o sistema político está falido, a representatividade não é democrática, as pessoas não são ouvidas, só elegem. A sociedade tem de controlar o trabalho dos políticos depois das eleições,” completou o dirigente.
Plebiscito
Sobre o plebiscito proposto ontem pela presidenta Dilma Rousseff para consultar a população sobre a Reforma Política, Vagner disse que a proposta é positiva porque o povo brasileiro quer participar.
Segundo ele, independentemente do debate técnico sobre a constitucionalidade ou não da consulta popular, a proposta é positiva porque a sociedade tem de ter mecanismos para vigiar.
“Ouvir o povo é importante. Os governantes têm de ter esse tipo de postura – que a presidenta Dilma teve – de, durante seu mandato ouvir os eleitores, isso é democracia representativa”, disse Vagner, esclarecendo sempre que não estava falando da Constituição, de questões jurídicas e, sim, da importância de se ouvir a opinião da população.
“Votar não é dar tutela. Tem de ouvir a voz que veio das ruas e o que veio foi, principalmente, a insatisfação do povo com a prática política pequena, para dentro e não para fora. O povo não aguenta mais e quer participar”, concluiu Vagner.
O calendário de mobilizações construído hoje, as manifestações e paralisações no dia 11 de julho será debatido pela Direção Nacional da CUT, que se reunirá em São Paulo na próxima quinta-feira, dia 27. Só neste dia, a CUT vai referendar, oficialmente, o calendário.
Pela CUT, participaram da reunião desta terça-feira, na sede da UGT, além de Vagner, Julio Turra (diretor Executivo), Valeir Ertle (secretário adjunto de Organização) e Quintino Severo (secretário de Administração e Finanças).
Proposta de gatilho salarial nem chegou a ser discutida por dirigentes sindicais
A pauta que a CUT e as demais centrais sindicais levarão a presidenta Dilma é a pauta da classe trabalhadora e não a dos rentistas, que querem aumento de juros e mais lucros
A proposta de criar um gatilho salarial como forma de combater a inflação nem chegou a ser apresentada na reunião da CUT, das demais centrais sindicais e do MST realizada nesta terça-feira (25), em São Paulo, como chegou a ser noticiado.
Durante a reunião, que decidiu pela realização de uma grande manifestação, com greves, paralisações e atos em todo o país no dia 11 de julho, para ancorar a pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras e as bandeiras que vieram das ruas nas manifestações realizadas nas últimas semanas, os dirigentes consideraram que o recado que veio das ruas foi claro: o povo quer participar e não admitirá mais políticos que não os representam de forma democrática, querem participar da construção de políticas públicas.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, foi o único que fez uma leve menção ao tema inflação que, para ele, teria contribuído para levar o povo às ruas.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, discordou. Para o dirigente CUTista, em nenhum momento das manifestações surgiu este tema porque os índices de inflação atualmente estão até menores do que no ano passado.
“Isso é discurso de rentistas, que querem aumento dos juros para ganharem mais. Aumento de juros só interessa a banqueiros. Agora, vamos dar as mãos a banqueiros?”, questionou Vagner.
A análise que Vagner fez das manifestações é a de que a insatisfação das pessoas é com políticas públicas de qualidade, em especial nas áreas de educação, saúde e transporte públicos de qualidade. Ele criticou a disputa de “agendinhas”, a partidarização do debate, as tentativas de levar vantagens para aparecer na mídia. “Com isso, a CUT não tem acordo!”.
O povo quer mudança de comportamento, não vai tolerar mais disputa de “pautinhas pequenas”, encerrou o presidente da CUT.
O acordo entre todas as centrais sindicais (CTB, Força, UGT, CSP/Conlutas, CGTB, CSB e NCST), e o MST foi a realização das manifestações no dia 11 de julho e a entrega à Dilma na audiência desta quarta-feira (26) da seguinte pauta:
1 – tarifa de transporte coletivo subsidiada
2 – investimentos em saúde, segurança e educação
3 – o fim do projeto de Lei 4330, apresentado como uma proposta de regulamentação da terceirização mas que, na verdade, é uma reforma trabalhista que precariza ainda mais as relações de trabalho
2 – investimentos em saúde, segurança e educação
3 – o fim do projeto de Lei 4330, apresentado como uma proposta de regulamentação da terceirização mas que, na verdade, é uma reforma trabalhista que precariza ainda mais as relações de trabalho
4 – o fim dos leilões do petróleo
5 – o fim do fator previdenciário
6 – redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário
5 – o fim do fator previdenciário
6 – redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário
Fonte: http://cutrj.org.br
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