quarta-feira, 23 de março de 2011

ATIVIDADE POLICIAL – RISCO IMINENTE

terça-feira, 15 de março de 2011

fuzilPor Cláudio Avelar
O Policial em sua rotina diária, muitas vezes passa de herói a vilão em uma fração de segundos. Em um piscar de olhos deve decidir entre a vida e a morte. Decisões difíceis em um ambiente fragilizado pelo cotidiano e pelo stress da atividade corriqueira.
Na maioria dos casos é mal visto, porém na hora do aperto o número discado é o da polícia. _ Por favor, meu herói, cadê você? Não demora, vem logo! Antagonismos em uma sociedade que clama por tranqüilidade e segurança.
Cômico se não fosse trágico, pois enquanto a população aguarda um policial motivado e pronto para dar sua própria vida, o repudia por conta das dificuldades apresentadas na dura e fria realidade social.
A polícia, nos tempos de outrora, foi criada para proteger o patrimônio dos nobres ricos, da fome dos pobres, porém sebagulho-pf esqueciam que os policiais eram oriundos também das mais baixas camadas sociais, sendo também esquecidos e conseqüentemente excluídos. Como fechar essa equação em que os fatores são completamente distintos e com variáveis absolutamente desproporcionais?
Os policiais de hoje, apesar de sua qualificação, notem que no DF, se exige nível superior para o ingresso inclusive aos futuros soldados da PM, não recebem grandes incentivos. Da mesma forma, na polícia civil e federal.  Porém em todas as instituições e assim se estende a todos os estados da federação se encontram policiais desmotivados e a estrutura não consegue zelar nem pelos componentes e muito menos pela sociedade.
A falta de políticas públicas e a aplicação fiscalizada com critérios das que já foram criadas, fazem com que esse ambiente desigual seja propício à proliferação e aumento da criminalidade. No mesmo compasso concorrem os policiais, que mesmo com a melhor remuneração do país, ainda não conseguem encontrar reais motivos para aissa-e-a-violenciadedicação completa.
Salário bom é fundamental, porém o mais importante é a dignidade. Os bons policiais desejam condições de poder mostrar seu potencial. Essa é a regra, ficando a exceção por conta do corrupto, violento e oportunista, que sempre é minoria.
Nesse aspecto não há como se deixar de comentar o sistema público de insegurança, que facilita os favorecimentos pessoais em detrimento da competência e profissionalismo, já que não existe nem de longe a possibilidade de se valorizar, aquele que trabalha bem.
A falta de uma carreira de verdade nas instituições policiais, que na realidade é um defeito de todo o serviço público, aliado às bandalheiras dos cargos comissionados, favorecem a desmotivação, pois ao colocar todos, os bons e os maus no mesmo plano, não se encontram motivos para arriscar a vida ou passar a noite em claro trabalhando com afinco ou até mesmo se empolgar com a possibilidade de resolução de um crime.
Nem todo soldado poderia obviamente chegar ao posto de coronel, mas sem dúvida, os coronéis deveriam um dia terem sido soldados e a experiência das ruas, não poderia ser substituída pela teoria dos livros apenas. Da mesma forma os agentes de polícia, mesmo que sejam os melhores, não poderão ocupar os cargos de chefia, em que pese omorto-cana fato de todos possuírem os mesmos requisitos para o ingresso. Faltaria então uma real política de Recursos Humanos e uma visão técnica para se aprimorar o aparato policial.
Além do mais não se pode achar que basta equipar as corporações policiais com viaturas novas, que a sociedade estará mais segura. Essas aparições midiáticas, fazendo um belíssimo desfile pela cidade, da política romana do pão e circo, devem ter hora para acabar. Construir casebres sem estrutura, chamados de postos de policiamento comunitários que apenas tira policiais da rua e os prende no balcão de atendimento, somente piora a defasagem em relação à necessidade social.
Com isso percebe-se a violência que é imposta ao contribuinte que de tudo faz, mas que pouco ou quase nada recebe em troca, a título de contrapartida do Estado. Esperamos que o dia da mudança, não fique apenas ligado às promessas dos políticos, mas sim ao clamor social que deve falar mais alto.



claudio-falando20Cláudio Avelar por uma Brasília justa e solidária com segurança e cidadania.

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