domingo, 2 de junho de 2013

No caminho certo

Caros companheiros e companheiras de farda, 

ao longo de minhas jornada a frente da  Associação dos Guardas Portuários aqui no Rio de Janeiro - AGPERJ, sempre foquei na valorização do indivíduo, na sua capacitação, pois sempre acreditei que, para legitimar uma reivindicação de melhoria salarial ou qualquer que fosse o anseio funcional, deveríamos apresentar uma justa e valorizada capacitação. Focando sempre em oferecer cursos diferenciados e firmando parceria com empresas de treinamento e capacitação de notório reconhecimento, nossa ideia à época, inicialmente, foi recebida com dúvidas. Pois bem, hoje a ideia está disseminada e creio que será difícil cair no marasmo.
Hoje acredito que a Guarda Portuária deve se impor pela sua diferenciada atividade, se mostrar com treinamentos e capacitação particular e, a partir daí, sentar à mesa de negociação e apresentar suas necessidades, tanto de reconhecimento quanto de propostas de aperfeiçoamento.

O Guarda portuário, na minha humilde visão, deveria ter em sua bagagem de conhecimentos diários, duas línguas estrangeiras, talvez o básico para uma conversação orientadora para tripulantes ou visitantes estrangeiros que, diariamente, acessam nosso terminais.
Neste domingo tive acesso a uma coluna que fala sobre as atuações sindicais, bem como o novo foco que brota nas reivindicações dos sindicalizados por todo o Brasil.
Me permitam compartilhar esta nova visão sindical, que acredito e, inconscientemente, já praticava e agora, mais convicto, continuarei vislumbrando a nossa Guarda portuária mais robusta e preparada para atuar nos acesso e nos interiores dos nosso portos pelo Brasil.

Marco Jamil
Tecnologo em Seg. Pública/ Guarda Portuário


domingo, junho 02, 2013


Sindicalismo esgotado de tanta embromação - ORLANDO DINIZ

O GLOBO - 02/06
Para quem viveu um pedaço do agitado século XX, não é um despropósito querer saber nesta altura da segunda década do século XXI: para que servem, nesta quadra da história, os representantes políticos, sociais e associativos nesse mundo de ansiedades e expectativas exacerbadas? Tendem a desaparecer, como os dinossauros? Seriam essas lideranças que podem indicar caminhos? Quem pode dizer se os atuais representantes de grupos sociais correspondem às suas expectativas são os representados. A eleição pura e simples não revela essa correspondência. Às vezes, em vez de a escolha ser motivada pela capacidade, dedicação e talento do candidato, o que define a disputa (quando há) são tramoias e jogadas opacas. Mas até esses truques estão saindo de moda.
O setor do qual faço parte, o comércio, é o mais importante no dia a dia das pessoas. O comércio de bens, serviços e turismo é fonte inesgotável de soluções para os dramas de qualquer sociedade. Nenhum outro gera tantos empregos, renda, impostos e benefícios à coletividade.

É uma engrenagem poderosa. Devidamente apoiada, pode reduzir a criminalidade, o tráfico e tantas moléstias sociais que grassam pela falta de alternativas para a sobrevivência.

Mas para explorar esse potencial é necessário buscar tecnologia, onde ela estiver, para aumentar a eficiência, dar grandeza à atividade e expandir oportunidades, o que se consegue profissionalizando pessoas e transformando vidas.

A Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro aposta nisso. Firmou convênio com a Confederação Nacional da Indústria, para aprimorar conceitos e oferecer às lideranças do comércio ferramentas de gestão para profissionalizar o gerenciamento das entidades que turbinam o setor. Fizemos convênios com as mais respeitadas instituições do mundo para oferecer aqui as melhores estratégias e táticas para o empreendedorismo, escolas de culinária e até mesmo cursos de uma centenária escola de cerveja da Alemanha. Outros convênios estão sendo negociados.

Em todos os estados, aliás, as respectivas federações têm buscado suprir as demandas represadas e aceleradas de seus representados, porque não querem também perder o trem da história. Mas o desafio é cada vez maior, o grau de exigência está mais alto e é crescente. O dirigente que não atenta para essa realidade se condena à rejeição de seus liderados.

É tempo de praticar o marketing da sinceridade.

O sindicalismo está extenuado, esgotado de embromação. Gramsci define crise como o momento em que o velho já morreu e o novo ainda não nasceu. É nesse endereço que mora a crise de identificação entre representados e representantes.

A questão é política, sem dúvida. Mas, sem desatar esse nó, não se instala a política de desenvolvimento necessária para destravar a equação e dar à população os benefícios que o comércio pode dar.

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