terça-feira, 19 de março de 2013

Infraero tem plano de demissão voluntária para SP e Brasília


Estatal pode ceder pessoal de terminais privatizados à PF e à Receita

Geralda Doca -  Publicado: O GLOBO

Cumbica, em Guarulhos: Infraero precisa cortar 1.800 funcionários nos terminais privatizados
Foto: Michel Filho/31-1-2013
Cumbica, em Guarulhos: Infraero precisa cortar 1.800 funcionários nos terminais privatizadosMichel Filho/31-1-2013
BRASÍLIA – Com excesso de 1.800 funcionários que trabalhavam nos aeroportos que foram privatizados (Brasília, Viracopos e Guarulhos), a Infraero lançou um novo um plano de demissão voluntária e incentivo à aposentadoria. Para quem quiser se desligar da empresa, a estatal vai pagar dois salários por ano trabalhado, num limite de R$ 250 mil, bem como todos os direitos da rescisão trabalhista (FGTS, multa de 40%, entre outros).
Além disso, a Infraero está negociando com os órgãos que já atuam nos terminais (Polícia Federal, Receita Federal, Anvisa e Vigiagro) uma solução para ceder os funcionários que estão sobrando. Terceirizados e estagiários estão sendo desligados para dar lugar a esse pessoal nos balcões de atendimento e nas áreas de manutenção e segurança.
Apesar dos incentivos oferecidos aos funcionários, como estabilidade temporária, apenas 39% do quadro de pessoal da Infraero nos três aeroportos privatizados optaram por migrar para o novo concessionário. O resultado é que a estatal não sabe o que fazer com esse contingente.
Além de expediente de três turnos, a empresa está sendo obrigada a fazer remanejamentos internos. De acordo com dados da estatal, um total de 500 funcionários manifestou interesse pelo novo plano de desligamento voluntário.
Segundo uma fonte do governo, a alternativa de ceder funcionários para os órgãos que atuam nos aeroportos pode ajudar a desafogar as filas na Polícia Federal e na Receita Federal. Eles podem atuar, por exemplo, como auxiliares na alfândega, na fiscalização de bagagens e na fila do visto, disse um técnico. A forma como os funcionários serão cedidos está sendo negociada entre a estatal e o Ministério do Planejamento.
Subsidiária cuidaria de parcerias com estrangeiros
Uma fonte da Secretaria de Aviação Civil (SAC) afirma que a Infraero não pode ficar com pessoal excedente. A estatal passa por um processo de estruturação e melhoria de gestão, com objetivo de abertura de capital no futuro.
A empresa também perdeu três aeroportos importantes e vai deixar de contar com receitas de mais dois terminais de peso, já que Galeão, no Rio, e Confins, em Belo Horizonte, têm previsão de serem licitados em setembro.
Em outra frente, o governo está trabalhando para criar a Infraero Serviços, uma subsidiária que vai atuar em parceria com grandes operadores estrangeiros. O objetivo é obter ganhos em tecnologia e gestão para fechar contratos de prestação de serviços em aeroportos fora da rede, no Brasil e no exterior.


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