Em Manaus, 800 trabalhadores portuários estão parados
Funcionários querem pressionar governo para mudar alguns pontos da MP nº. 595 e garantir direitos trabalhistas.
Redação - jornalismo@portalamazonia.com
MANAUS – Todos os 800 estivadores do Porto Privatizado de Manaus, Porto Chibatão e Super Terminais cruzaram os braços desde 7h desta sexta-feira (22), emparalisação organizada pelo Sindicato dos Estivadores de Manaus (Setem/AM). O movimento acontece, nesta sexta-feira, emportos de todo o País e opõe-se à Medida Provisória (MP) nº. 595 que reestrutura os portos brasileiros.
De acordo com o presidente do sindicato, Claudovaldo Farias Barreto, conhecidoCodó, todos os estivadores da capital estão concentrados nessas três empresas. Ele afirmou que na segunda-feira (25) os trabalhadores estarão reunidos para decidir, juntamente com o movimento nacional da categoria, se haverá greve a partir do dia 25.
“Se houve greve de fato, vamos parar tudo e por tempo indeterminado em todos os portos e terminais”, adiantou o representante dos estivadores da cidade. A paralisação em Manaus tem previsão para continuar até 13h, desta sexta-feira.
A MP nº. 595 trata da exploração direta e indireta, pela União, de portos e instalações portuárias e das atividades desempenhadas pelos operadores portuários. A medida está em análise no Senado e permite a construção e operação de terminais privativos sem restrição de cargas, por trabalhadores não especializados.
Liminar
Nesta quinta-feira (21), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) concedeu liminar favorável à União e a sete companhias de cocas de diversos estados que pediam a proibição do protesto dos portuários que ocorre hoje. O despacho da vice-presidente do tribunal, ministra Maria Cristina Peduzzi, determina o funcionamento normal dos portos sob pena de multa diária de R$ 200 mil.
A MP está em tramitação no congresso e deve ser analisada até 17 de março, quando começa a trancar a pauta. A medida tem sido muito criticada pelos sindicalistas. Eles acreditam que a proposta pode prejudicar direitos trabalhistas, pois cria concorrência entre portos públicos e privados. O governo federal defende que a ação vai gerar competitividade ao setor portuário brasileiro e reduzir o chamado “custo Brasil“.
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