Foto: Bruno Merlin
Mesa de abertura, na manhã desta terça-feira, no Rio, do seminário "MP 595/12 - Desafios, Questionamentos e o Futuro dos Portos Organizados no Século XXI"
A instalação da comissão mista que irá avaliar a Medida Provisória (MP) 595 está prevista para esta quarta-feira (20/02), às 10h, no Congresso Nacional. O momento é de grande atenção (e tensão) nos portos brasileiros. O descontentamento com a MP é geral, especialmente entre trabalhadores e empresas já estabelecidas no sistema. A defesa à MP, no entanto, é feita por investidores interessados e grandes empresas que pretendem instalar terminais de uso privativo (TUPs).
Na abertura do seminário "MP 595/12 - Desafios, Questionamentos e o Futuro dos Portos Organizados no Século XXI”, que está sendo realizado ao longo desta terça (19/02), no Rio de Janeiro, o presidente do sindicato dos portuários fluminense, Sérgio Giannetto, disse que a intenção das lideranças da categoria é de ir a Brasília e iniciar uma greve nos portos.
A greve, de acordo com Giannetto, é uma resposta ao Governo Federal que parece querer "exterminar" os trabalhadores portuários e fazer com que essa rede de profissionais seja a única a pagar pelas mudanças previstas. "O governo, pelo qual trabalhamos para que fosse eleito, vai sacrificar os trabalhadores novamente. Vamos a Brasília com a intenção da greve.”
Já o presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo Lírio Guterra, lembrou que quase todas as medidas provisórias editadas pelo Governo Dilma têm sido aprovadas sem grandes alterações pelo Legislativo. "Mudam apenas pequenas coisas, muito pouco diante do que estamos discutindo." Nos próximos dias, avisa, a direção da FNP irá se debruçar nas emendas prioritárias, porque não será possível passar no Palácio do Planalto um "caminhão de emendas". Guterra indica, ainda, que, se não houver outro jeito, os portuários vão pedir a revogação da MP.
Fonte: Porto Gente
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