terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Infraestrutura Crítica e sua Proteção


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A modernidade pode ser caracterizada como a fase histórica da sociedade mundial de grande conexão entre os povos . Uma época em que as distâncias entre nações se encurtam de forma brusca. Um momento de contato entre todas as sociedades nacionais. Surge o mundo global e conectado, o mundo da ciência e da tecnologia, o mundo das comunicações e dos transportes rápidos.  
Entretanto, com essa aproximação dos povos proporcionada pela modernidade houve um incremento significativo da vulnerabilidade dentro da comunidade mundial. Cada vez mais dependemos de equipamentos de comunicação, de meios de transportes, de sistemas computacionais, de redes de dados etc. Vivemos em uma sociedade interconectada e, por isso, extremamente vulnerável. Tudo hoje que faz a sociedade mundial funcionar, como estações de energia, escolas e universidades, hospitais, redes de transportes, prédios públicos, sistemas informáticos, comunicações on line, aeroportos, estações de abastecimento etc. também deixa essa mesma sociedade vulnerável. É um mundo em que tudo é alvo, em que tudo pode afetar o funcionamento da sociedade.
Essa infraestrutura de que tanto depende a sociedade mundial podemos chamar de infraestrutura crítica. Podemos defini-la como aqueles bens e sistemas, físicos ou virtuais, que são vitais para o funcionamento da sociedade moderna, em que sua destruição pode afetar de forma intensa a economia, a vida social e a própria sobrevivência de uma comunidade política.
A proteção a infraestruturas críticas de um Estado se refere, portanto, ao trabalho de assegurar a disponibilidade, integridade e confiança desses sistemas físicos e virtuais, evitando o prejuízo à vida social. Atualmente, alguns princípios balizam a proteção a infraestruturas críticas, tendo em vista que é um trabalho hercúleo proteger todos esses ativos que garantem o funcionamento da sociedade. Esses princípios são:
1. compartilhamento de informações – entes estatais devem compartilhar informações sobre a infraestrutura crítica, evitando fragmentação do conhecimento, que poderia gerar vulnerabilidades;
2. compartilhamento de responsabilidades – a responsabilidade é de todos, do Estado e da sociedade. Não adianta reforçar a segurança por parte do Estado se a sociedade não compreende o valor do bem protegido e age de forma irresponsável;
3. capacidade de integração – a proteção a esses bens deve ser integrada entre os diversos órgãos estatais (polícias, bombeiros, defesa civil, militares etc.), bem como entre segmentos da sociedade (alunos, pacientes, médicos etc.);
4. adaptabilidade – o mundo muda rápido. O Estado deve estar preparado para essas mudanças, buscando sempre novas tecnologias e meios de proteção mais eficazes e seguros;
5. preparação para reagir - a sociedade e o Estado devem estar preparados também para o pior. Devemos ter precaução e saber que o pior pode acontecer e devemos estar preparados para isso. Sempre devemos ter um plano B. E se ficarmos sem redes de energia, vamos fazer o quê? E se ficarmos sem comunicação, vamos fazer o quê? Com a preparação, planejando e treinando para o pior, caso ele aconteça, o resultado pode ser minimizado.
6. Consciência – sempre digo que devemos ter consciência do que devemos proteger. Não adianta tentar proteger tudo? Isso é impossível. Nem devemos tentar proteger tudo da mesma forma! Não há economia que aguente isso. Devemos saber o que proteger e priorizar bens a serem protegidos. Devemos ter um bom gerenciamento de riscos!

Fonte: http://marcusreis.com

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