Sindicalistas rebatem acusações após deflagrada Operação Pandora
Foram encontradas drogas, armas e munições nos sindicatos dos estivadores e dos arrumadores da zona portuária
marianasantos@diariopopular.com.br
Depois de deflagrada a Operação Pandora, liderada por agentes da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), quando foram encontradas drogas, armas e munições nos sindicatos dos estivadores e dos arrumadores da zona portuária de Rio Grande, os presidentes de cada associação prestaram depoimentos à polícia, uma vez que estavam sujeitos a assumir a responsabilidade pelos delitos.
Relembre
> Polícia encontra drogas, armas e munições no Porto
O presidente do sindicato dos estivadores, Paulo Roberto Cabral, garante que não tinha conhecimento destas práticas dentro da sede da instituição. “Eu trabalho fora, participo de reuniões e viagens, não tenho como vistoriar os trabalhadores e nem os armários”, diz, ao completar que os cerca de 300 associados têm quatro turnos diferentes de serviço e alguns passam pelo local para deixar as vestimentas e apetrechos de madrugada. Segundo ele, câmeras foram colocadas no local há algum tempo para evitar roubos nos próprios armários.
“Eu fui eleito há um ano e proibi inclusive de fumar aqui dentro. Jamais foi com o meu consentimento que este tipo de prática ocorresse aqui”, esclarece, ao reafirmar que repudia estas atividades ilícitas. Cabral lamenta que a imagem da categoria e do sindicato tenha sido denegrida desta maneira. O presidente afirma que tomará as providências, como numerar e identificar os armários repassando a listagem para a polícia. “Assim teremos um controle maior. Muitos não têm nada a ver com isso e passam pelo vexame junto”, encerra.
O sindicato dos arrumadores se manifestou através de nota oficial e informou que não compactua com práticas ilícitas e que “a diretoria busca incessantemente aplicar dentro da lei a ordem e os bons costumes”. De acordo com o esclarecimento divulgado, a instituição ressalta que foi o primeiro sindicato da orla portuária a inserir na sua convenção coletiva de trabalho, regra para afastamento e tratamento de dependentes químicos. Por fim se coloca à disposição das autoridades para combater todas e quaisquer irregularidades.
Pandora
Na operação atuaram cinco delegados e cem policiais dos municípios de Rio Grande, Pelotas, Camaquã e Bagé, coordenados pelo delegado Ronaldo Vladimir Coelho. Os agentes apreenderam cinco revólveres calibres variados, grande quantidade de munição para as armas - além de munição calibre 44 e 45 restritas de uso militar - duas balanças de precisão, 2,8 quilos de maconha distribuídas em tijolos de diversos tamanhos e pesos, 2,2 quilos de cocaína e 3,5 gramas de crack. Também foram apreendidos dois computadores, para que imagens possam ser analisadas. Apenas um homem foi preso em flagrante, A.F.P., de 67 anos. Em seu armário foram encontrados R$ 7 mil e cerca de 65 gramas de maconha.
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O presidente do sindicato dos estivadores, Paulo Roberto Cabral, garante que não tinha conhecimento destas práticas dentro da sede da instituição. “Eu trabalho fora, participo de reuniões e viagens, não tenho como vistoriar os trabalhadores e nem os armários”, diz, ao completar que os cerca de 300 associados têm quatro turnos diferentes de serviço e alguns passam pelo local para deixar as vestimentas e apetrechos de madrugada. Segundo ele, câmeras foram colocadas no local há algum tempo para evitar roubos nos próprios armários.
“Eu fui eleito há um ano e proibi inclusive de fumar aqui dentro. Jamais foi com o meu consentimento que este tipo de prática ocorresse aqui”, esclarece, ao reafirmar que repudia estas atividades ilícitas. Cabral lamenta que a imagem da categoria e do sindicato tenha sido denegrida desta maneira. O presidente afirma que tomará as providências, como numerar e identificar os armários repassando a listagem para a polícia. “Assim teremos um controle maior. Muitos não têm nada a ver com isso e passam pelo vexame junto”, encerra.
O sindicato dos arrumadores se manifestou através de nota oficial e informou que não compactua com práticas ilícitas e que “a diretoria busca incessantemente aplicar dentro da lei a ordem e os bons costumes”. De acordo com o esclarecimento divulgado, a instituição ressalta que foi o primeiro sindicato da orla portuária a inserir na sua convenção coletiva de trabalho, regra para afastamento e tratamento de dependentes químicos. Por fim se coloca à disposição das autoridades para combater todas e quaisquer irregularidades.
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Na operação atuaram cinco delegados e cem policiais dos municípios de Rio Grande, Pelotas, Camaquã e Bagé, coordenados pelo delegado Ronaldo Vladimir Coelho. Os agentes apreenderam cinco revólveres calibres variados, grande quantidade de munição para as armas - além de munição calibre 44 e 45 restritas de uso militar - duas balanças de precisão, 2,8 quilos de maconha distribuídas em tijolos de diversos tamanhos e pesos, 2,2 quilos de cocaína e 3,5 gramas de crack. Também foram apreendidos dois computadores, para que imagens possam ser analisadas. Apenas um homem foi preso em flagrante, A.F.P., de 67 anos. Em seu armário foram encontrados R$ 7 mil e cerca de 65 gramas de maconha.
Fonte: http://www.diariopopular.com.br
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