sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Como fênix, a Portobrás pode ressurgir das cinzas


DCI - São Paulo - C3


Por enquanto, a notícia é encarada apenas com um forte tom de especulação É difícil definir se a informação sobre a recriação da Portobrás é só um balão de ensaio ou se está realmente sedimentada nas intenções atuais da presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Por enquanto trata-se apenas de uma especulação. Primeiro motivo Primeiro porque ainda não foi anunciada oficialmente a recriação da instituição, então não se sabe se é real ou não. Segundo motivo E segundo, porque mesmo se for real hoje, pode não ser amanhã, tamanha a volatilidade do plano que já era para ter sido anunciado até o final de agosto, foi adiado para o mês de setembro e ainda não deu o ar da graça nesse começo de novembro. Especulação ou não, para muita gente a notícia funcionou como uma espécie de assombração. Impacto A palavra Portobrás e o conceito de centralização assustam esse pessoal.


A antiga Portobrás traz lembranças tétricas do período compreendido entre os anos de 1975-1983. A centralização decisória, na maior parte desse tempo, servia para muito pouco porque não havia recursos públicos para os investimentos necessários. Além disso, os portos brasileiros foram se tornando tecnologicamente atrasados e sucateados com o passar dos anos. Privatização A privatização veio no ano de 1993 em função desse quadro em específico. A reforma injetou diversos recursos privados na operação que passou a ser concedida às empresas. Descentralização E juntamente com ela veio o conceito de descentralização, simbolizado principalmente em duas instituições criadas pela lei 8630/93, batizada como "Modernização dos Portos: os Conselhos de Autoridade Portuária e os Órgãos Gestores de Mão de Obra".

Outros fantasmas A recriação da Portobrás evoca do passado ainda outros fantasmas daquela época, como as dívidas do fundo de pensão Portus. Presente No presente, sinaliza uma certa insegurança do grupo que assessora a presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff nessa questão. Porque a Empresa de Planejamento e Logística, que ainda nem se consolidou, vive por meio de Medida Provisória, teria pelo menos algumas atribuições sobrepostas à dessa Portobrás ressuscitada.

Privatização e melhoras A privatização da operação modificou para muito melhor o cenário de atualização tecnológica e produtividade nos portos brasileiros. É difícil avaliar a parcela de contribuição que a descentralização representou nesse processo. Mas não dá para ignorar que ela existiu. Especulação Por isso, a ideia de centralizar de novo e ainda por cima com esse nome, dá calafrios em muita gente que já observou histórias parecidas com essa anteriormente. No entanto, vale a pena repetir e ressaltar: por enquanto todas as notícias sobre esse assunto em específico tratam-se apenas de especulação. Forte. Muito forte. Mas, por enquanto, são apenas especulações.

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