segunda-feira, 27 de agosto de 2012

EUA exportaram mais armas em 2011 que nunca, somando US$ 66,3 bilhões


EFE

Em Washington

Os Estados Unidos exportaram em 2011 mais armas do que nunca, com um total de US$ 66,3 bilhões em cargas que se destinaram sobretudo a aliados no Golfo Pérsico, que argumentam que precisam se defender de um possível ataque do Irã, informou neste domingo (26) o "The New York Times".

As exportações americanas representaram quase 78% do mercado mundial de armas, no qual o segundo maior vendedor é a Rússia, com US$ 4,8 bilhões, segundo um relatório entregue na sexta-feira ao Congresso e publicado hoje na edição digital do jornal.
 
O número de vendas é o triplo do total de 2010, quando foram exportados US$ 21,4 bilhões, e é "o maior valor total em um ano da história das exportações de armas dos Estados Unidos", segundo o relatório, elaborado pelo Serviço de Investigação do Congresso - uma entidade independente.

Os maiores clientes foram Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Omã, que compraram, sobretudo, sistemas de mísseis avançados e aviões de última geração.

Entre as vendas para a Arábia Saudita, que somaram US$ 33,4 bilhões, está o maior acordo militar já assinado pelos EUA, que vendeu ao país 84 novos aviões de combate F-15, atualizou outras 70 aeronaves e ofereceu três tipos de helicópteros: 70 Apaches, 72 Black Hawks e 36 Little Birds.

Os Emirados Árabes Unidos compraram US$ 4,42 bilhões em armas, entre eles US$ 3,49 bilhões em um escudo antimísseis avançado e US$ 939 milhões em 16 helicópteros "Chinook".

Omã, por sua vez, comprou 18 aviões de combate F-16 por US$ 1,4 bilhão, entre outras armas que a região acumula com o argumento de se defender de um possível ataque do Irã.

Além disso, os EUA venderam US$ 4,1 bilhões de dólares em aviões C-17 à Índia, e outros US$ 2 bilhões em baterias antimísseis Patriot para Taiwan, em um acordo muito criticado pelo governo chinês.

Um resumo de como funcionam as leis  de armas pelo mundo:


Alemanha - A Alemanha tem uma das leis de armas de fogo mais rigorosas do mundo. A idade mínima para o porte de armas é 21 anos, e compradores menores de 25 devem apresentar um atestado de saúde. As leis ainda preveem que os donos de armas passem por exames rigorosos a cada ano Christian Charisius/Reuters

Austrália - A posse e o porte de armas para civis são proibidos. É uma das leis mais rígidas do mundo. Somente guardas e outros responsáveis pela segurança pública estão autorizados a carregar e usar armas e, mesmo assim, com restrições, pois a posse de armas automáticas, como fuzis e pistolas, não é legal Reuters

China - Os cidadãos chineses são proibidos de terem suas próprias armas, com exceção para a caça. Os chineses podem enfrentar a pena de morte se forem pegos vendendo armas ilegalmente Reuters

 EUA - Nos Estados Unidos, andar armado é um direito garantido pela segunda emenda à Constituição. No país, armas e munições são vendidos até em supermercados Jessica Rinaldi/Reuters

França - Para obter porte de arma de fogo, os franceses tem que passar por uma investigação da polícia, em um processo que pode durar 6 meses. Para um civil conseguir autorização para arma de defesa (pistolas e revólveres), o controle é rigoroso, mas a brechas com relação a armas de caça, clubes de tiros e para colecionadores, que estão livres de uma fiscalização mais rígida Habib Kouyat/AFP

Itália - Os italianos podem ter até três armas "comuns" em casa, mas para obter armas para caçar e o direito de circular com a arma, é preciso uma licença especial AP

Japão - A restrição do acesso às armas para civis no Japão é antiga. Hoje, a lei japonesa abre exceção para policiais e esportistas - que precisam de autorização especial Reuters

República Tcheca - As leis são muito mais liberais do que no resto da Europa. Os candidatos devem passar por um questionário sobre as armas de fogo, não ter antecedentes criminais e apresentar um documento mostrando que são maiores de 21 anos Alessandro Abbonizio/AFP

México - O registro e concedido após uma rígida avaliação psicológica. No caso do porte, é necessária uma autorização e, mesmo assim, a arma só pode circular em locais previamente autorizados. No país, é liberado o registro de duas armas por residência, apenas para defesa pessoal Daniel Aguilar/Reuters

Reino Unido - As armas são proibidas para a população civil. Como o índice de homicídios e outros crimes é muito pequeno, até mesmo alguns setores da polícia não fazem uso de armas Paul Ellis/AFP

Fonte: uol

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