quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

SINDICATOS PORTUÁRIOS DE SANTOS VÃO PARA BRASÍLIA LUTAR CONTRA A MP 595


Sindicalistas vão para Brasília dia 24 expor aos políticos prejuízos da MP 595




No próximo dia 24 de janeiro líderes sindicais do Porto de Santos vão para Brasília expor ao líder do Governo no Congresso, o senador José Pimentel (PT-Ceará), o impacto negativo da Medida Provisória 595 para o setor portuário. A decisão de ir a Brasília foi tomada na manhã desta terça-feira, 15 de janeiro, durante reunião dos representantes dos sindicatos portuários com o deputado federal Marcio França, na sede do SINDAPORT (Sindicato dos Empregados na Administração Portuária), em Santos. O parlamentar será o intermediador do encontro entre o senador e os líderes portuários.

Durante a reunião, Marcio França falou que foi surpreendido com a divulgação da MP 595 e da forma como ela foi concebida e afirmou que não participou do processo de elaboração da medida provisória.

"A MP acabou com as Companhias Docas, com a Guarda Portuária, com os Conselhos de Autoridade Portuária (CAPs), além de abrir oficialmente o porto para trabalhadores sem registro ou cadastro no Órgão Gestor de Mão-de-Obra", avalia o presidente do SINDAPORT (Sindicato dos Empregados na Administração Portuária) e vice-presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Everandy Cirino dos Santos.

Os sindicalistas devem permanecer em Brasília até o dia 28 de janeiro, quando prefeitos de todo o país terão encontro com a presidente Dilma Roussef. "A hora é de mobilização. Temos que expor aos políticos os prejuízos que essa MP vai acarretar a todo o setor portuário. Os trabalhadores portuários de capatazia e os empregados das Companhias Docas são os que mais perderam com essa MP. Por isso, temos que expor nossa posição em defesa de nosso mercado de trabalho", diz Everandy Cirino.

O representante do SINDAPORT apresentou 18 emendas à Medida Provisória, sendo que 15 abrangem o trabalhador portuário avulso, como uma renda mínima para o TPA. "No início de fevereiro, uma comissão deve começar a analisar as emendas apresentadas à MP".

O presidente do Sintraport (Sindicato dos Operários Portuários), Robson de Lima Apolinário, reiterou o compromisso que os sindicatos devem ter com os trabalhadores avulsos e vinculados. "Temos que fazer uma grande manifestação em prol da categoria. Estamos em um momento delicado para todos do setor portuário, por isso temos que pensar em uma estratégia a curto, médio e longo prazo", analisou.

Uma grande mobilização também está prevista para ocorrer em fevereiro. "Ainda estamos definindo se faremos somente aqui em Santos ou se será uma greve nacional", ressalta Everandy Cirino.

Os representantes do Sintraport também afirmaram que já estão colhendo assinaturas de associados interessados a participar da caravana em Brasília, caso ocorra a mobilização na Capital Federal.

Ministro

Everandy Cirino esteve, na segunda-feira, reunido com o ministro de Portos, Leônidas Cristino, durante visita a  Codesp.

No encontro, o sindicalista do SINDAPORT relatou ao representante da SEP (Secretaria Especial de Portos) o temor dos trabalhadores com a MP 595. "Falei para o ministro que a MP desmontou a Codesp, assim como as demais companhias docas. Expliquei sobre a situação da segurança e o trânsito nos portos, já que a Guarda Portuária não tem mais poder para multar ou atuar dentro da área do porto. Enfim, apresentei ao ministro o que ninguém está falando, que a Lei 8.630 não vale mais nada, assim como as Companhias Docas, Guardas Portuárias e CAPs. Por isso, temos que nos mobilizar em defesa da continuidade da Autoridade Portuária Pública, da Guarda Portuária como responsável pela segurança do porto e até pelo CAP".


Fonte: Segurança Portuária em Foco/GO / AssCom Sindaport

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