sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Rio consegue R$ 200 milhões para tirar navios da vista da praia


Para reduzir o número de navios que ficam parados em frente às praias da zona sul à espera de uma vaga no Porto do Rio, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) conseguiu do governo federal o compromisso de investir R$ 200 milhões na dragagem de dois canais de acesso à Baía de Guanabara.
Segundo Paes, os navios fundeados em frente à Ipanema e Copacabana prejudicam a imagem da cidade como patrimônio cultural da humanidade. Ele diz que já se contou, em um único dia, 12 embarcações paradas em frente à orla. "Parece até uma favela. Isso não pode", disse.
Com a dragagem dos canais, mais navios poderão entrar na Baía de Guanabara. Os canais são espécies de "ruas" para os navios passarem.
Além disso, também será instalada sinalização na baía, para que navios possam trafegar à noite.

Movimentação de navios na praia de Copacabana

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Danilo Verpa/Folhapress
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Navio é visto da praia de Copacabana, no Rio; embarcações ficam à espera de vaga em porto
No mês passado, o prefeito havia ameaçado ir à Justiça contra a Capitania dos Portos para acabar com a poluição visual provocada por navios de grande porte.
"Achamos que com esses dois canais em funcionamento e mais a possibilidade de entrada dos navios de noite, o volume de embarcações do lado de fora da baía vai diminuir", disse o capitão dos portos Fernando Cozzolino.
A média anual é de 2.000 atracações de grandes embarcações no Porto do Rio. A Docas, autoridade portuária, afirma que não há congestionamento no Porto do Rio.
Segundo a Capitania dos Portos, cada navio só pode ficar fundeado na frente da orla por 48 horas. Além de aguardarem a entrada na baía, alguns navios ficam ancorados lá para reparos, reabastecimento ou inspeções, entre outras razões.
O oceoanógrafo David Zee disse que a dragagem dos dois canais terá de ser cuidadosa. "Parte da baía é contaminada e uma dragagem poderá redisponibilizar na coluna d'água produtos tóxicos e metais pesados, o que afeta a pesca", afirmou.

Fonte: Folha de São Paulo

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