quinta-feira, 10 de março de 2011

O uso do "Rip stop" na Guarda Portuária do Brasil.

Quem é Guarda Portuário e trabalha na beira do cais sabe a importância que tem o uniforme no dia-a-dia operacional. Certamente também sofrem o mesmo outros profissionais de segurança, tais como; policiais militares, guardas municipais, policiais rodoviários federais, policiais civis e seguranças particulares, que muitas vezes precisam se proteger de intempéries comuns ao serviço de rua. Boa parte desses profissionais já precisaram adentrar em matas, transpor muros com cacos de vidror, concertinas, ajoelhar em asfaltos e calçamentos etc. Ainda há os pilotos de aeronaves e bombeiros, que se vêem com o risco iminente de ter contato com fogo em qualquer ocorrência (incêndios, acidentes), notadamente os últimos. Para todas essas possibilidades e riscos, é preciso estar com um uniforme resistente e especialmente preparado para esses tipos de situações – levando em consideração o conforto, a flexibilidade e a temperatura minimamente ideais para o desempenho da atividade.
Atualmente, existem um tecido com ampla aceitação entre os profissionais da área de segurança, dotados de peculiaridades que ajudam a enfrentar os problemas citados acima. É o Ripstop, popularizado na maioria das guardas e polícias brasileiras (institucionalmente ou não), por sua resistência aos rasgões, que não são raros nos uniformes comuns.
O Ripstop
Ripstop (“rip”, rasgão em inglês, e “stop”, parar) é todo tecido que tem em sua composição fios de nylon dispostos de maneira quadriculada, impedindo que ele seja desfiado quando rasgado. Como se vê na figura abaixo, o tecido ripstop tem fibras largas (em preto) intercaladas às fibras mais finas do tecido:

O que faz do “Ripstop” um tecido ideal para a atividade policial é que os rasgões que por acaso ocorram no uniforme, não se alastram, ou seja, quando encontram as fibras mais largas o rasgão “pára”. As fibras são feitas de um polímero que é esticado ao máximo até se tornar duro. Neste ponto o material está na sua tensão máximao, sendo então cortado em fatias muito finas para se fazer fios, e posteriormente o tecido.
Furar com um prego, por exemplo, um tecido “ripstop” é até fácil, mas o dano ao tecido não passará do furo, já que as fibras não permitem que mais do que isso ocorra.
A Guarda Portuária do Rio de Janeiro vem usando este tecido com bons resultados a 5 anos e, neste ano de 2011, a superintendência da Guarda junto com a Presidência da CDRJ trabalham com o objetivo, não só de renovar os uniformes, mas de também implantar o uniforme tático para uso em operações especiais, serviços noturnos e eventos que necessitem de tal recurso.

O uniforme Azul-marinho escuro, terá um papel importantíssimo, não só na diminuição da silueta do Guarda Portuário diante do agente hostil, mas também reforça a qualificação dos Guardas Portuários para os próximos eventos no Rio de Janeiro.
Além da durabilidade e resistência, o uniforme da Guarda terá mais esta característica de segurança. Proporcionando ao agente da Autoridade Portuária mais uma vantagem a seu favor na hora de uma abordagem noturna.
O processo já encontra-se em estágio avançado de aquisição, devendo, em algumas semanas ser publicado no site da CDRJ as exigências do uniforme em um Pregão próprio para este fim.

GP-JAMIL

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