Na sua segunda participação como depoente na Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) dos Portos, nesta terça-feira (6), na Sala das Comissões
da Assembleia Legislativa, o ex-superintendente Eduardo Requião falou aos
deputados sobre a sua gestão, entre 2003 a 2008, na Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina (APPA). Entre os principais assuntos, as
ações trabalhistas envolvendo a autarquia. O ex-superintendente reafirmou
que a sua gestão foi polêmica e que uma das principais mudanças para a
diminuição das demandas trabalhistas na APPA foi a diminuição da jornada
diária de trabalho de oito para seis horas, bem como a extinção dos chamados desvios de função.
"O turno de oito horas gera ações trabalhistas. Recebemos muitas pressões.
E implantamos o turno de seis horas. Para se ter uma ideia, ainda tínhamos
123 pessoas que fizeram concurso para limpeza do Porto e todos estavam
em desvio de função. E desvio de função gera, também, ação trabalhista.
E as medidas foram duras, coloquei todo mundo na sua função", afirmou Requião, lembrando ainda que o Porto de Paranaguá possui problemas históricos, que passaram por todos os governos e, neste sentido, a CPI pode contribuir para
que se apontem melhorias. "São 70 anos de história do Porto", apontou.
Para o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, deputado Douglas
Fabrício (PPS), a participação do ex-superintendente foi fundamental para se
entender a dinâmica da gestão portuária neste período, principalmente
contribuindo na formulação do relatório que será elaborado sobre a situação
apurada em Paranaguá. "O nosso papel enquanto CPI é ouvir todos os lados,
para que se faça um relatório condizente com a realidade e que possamos
trazer melhorias, pensando no futuro do Porto".
Os deputados Fernando Scanavaca (PDT), Rasca Rodrigues (PV), Jonas
Guimarães (PMDB), Ademir Bier (PMDB) e Pedro Lupion (DEM) também
participaram da reunião da CPI.
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