quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

HOTÉIS FLUTUANTES


Novo Projeto Píer Mauá/RJ

19/01/2010

Turistas poderão se hospedar em transatlânticos durante a Copa de 2014
* por Najla Passos - de Brasília


Os turistas que irão acompanhar a Copa do Mundo de 2014 nas seis cidades-sede da costa do Brasil poderão se hospedar em transatlânticos de luxo, ancorados nos terminais turísticos do País para suprir a deficiência de infraestrutura do setor hoteleiro.
De acordo com o ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, o modelo já foi utilizado com sucesso em outros países que sediaram grandes eventos esportivos mundiais. Caso, por exemplo, das Olimpíadas em Atenas (2004), na Grécia, Sydney (2000), na Austrália, e Barcelona (1992), na Espanha.
“Há navios de até três mil leitos que ficarão atracados no cais de cidades como Manaus [foto], que não têm hotéis suficientes para receber a grande quantidade de turistas esperados para o evento”, explica o ministro.

Investimentos públicosConforme Pedro Brito, o Governo Federal irá investir cerca de R$ 700 milhões nas obras de infraestrutura turística portuária das seis cidades-sede da Copa que possuem portos, além de Santos (SP), que é a principal porta de entrada dos turistas estrangeiros que chegam ao Brasil por via marítima.
Os demais portos de municípios brasileiros que não sediarão jogos do mundial terão que barganhar recursos do chamado PAC 2 para investir na construção dos seus terminais portuários turísticos. “Esses R$ 700 milhões têm destinação específica: melhorar a infraestrutura turística para a Copa”.
As cidades-sede localizadas na costa brasileira são Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Recife (PE), Natal (RN, Salvador (BA) e Manaus (AM). O Rio ficará com a maior fatia do bolo, R$ 300 milhões, por ser a sede principal e, também, porque sediará os Jogos Olímpicos em 2016. Na capital fluminense, serão construídos três novos piers, o que irá dobrar a capacidade do terminal existente.

O ministro esclarece que, além de ampliar a capacidade hoteleira, esses investimentos visam dar mais comodidade e segurança aos turistas que optarem por vir ao País em cruzeiros marítimos.
Pedro Brito informou que todos os investimentos serão feitos em portos públicos, mas que os terminais turísticos serão arrendados para a iniciativa privada explorar, como já acontece em alguns locais, como Rio de Janeiro e Santos.
“O problema é que hoje, mesmo em portos que já contam com terminais turísticos, dependendo do volume de navios que chegam ao mesmo tempo, os turistas ainda são obrigados a desembarcar no cais comum, em meio a produtos diversos. Isso compromete tanto a comodidade quanto a segurança”.
Competitividade internacionalO ministro ressaltou ainda que as obras de construção e ampliação de terminais turísticos também aumentarão a competitividade do Brasil no mercado internacional, já que diminuirão o tempo de espera nos portos e, consequentemente, o preço do frete.
“Navios de passageiros têm prioridade de desembarque em relação aos navios de cargas. Por isso, a construção de terminais específicos para passageiros desobstrui também o tempo de espera dos navios cargueiros”.
As licitações para as obras serão lançadas este ano. A expectativa do ministro é que todas elas estejam concluídas em 2012.
Santos receberá R$ 114 milhões para o realinhamento de 1,5 mil metros de cais e para a implantação de 3,5 quilômetros de rodovias de acesso ao terminal de passageiros.





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