sábado, 19 de dezembro de 2009

Nosso Porte!

Fonte: Agência Brasil

As deficiências de estrutura e de organização na administração do Porto de Santos, em face das necessidades de segurança na área, foram criticadas nesta quinta-feira na Câmara dos Deputados, pelo superintendente da Guarda Portuária de São Paulo, coronel Jorge Pimentel.

A guarda portuária é composta por 414 servidores e "não exerce seu trabalho de forma plena por falta de organização mínima, de treinamento continuado e até do uso de veículos adequados", afirmou. Há, segundo Pimentel, "muitos problemas em todos os sete maiores portos do país". Por esse motivo, segundo ele, o ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, "defende a criação de um modelo de guarda portuária para o Brasil".

"Os portos vivem uma realidade crítica, pois convivem com problemas de natureza internacional", afirma o superintendente, dizendo que a questão do porte de arma pelos guardas fora da área é importante. Circulam nos 3 quilômetros do Porto de Santos diariamente entre 20 e 30 mil pessoas, além dos 8 mil trabalhadores do local e o trânsito de 20 mil caminhões.

Durante audiência pública para debater o porte de armas pelos guardas portuários na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, o superintendente afirmou que o tema "é apenas a ponta do iceberg, em vista das questões complexas que envolvem o Porto de Santos, o maior da América Latina, assim como os demais".

Pimentel defende que os guardas portuários exercem função policial e não de vigilância, mas que, no entanto, enfrentam problemas fora das docas, "perdendo tempo em delegacias, quando são identificados, para provar que não estão portando arma ilegalmente".

O deputado federal capitão Lucínio Assumção (PSB-ES), da Polícia Militar do Espírito Santo, criticou "a fragilidade da segurança" nos portos do país, dizendo que no seu estado as armas que matam a população são transportadas nos conteineres que circulam no porto do estado.

O parlamentar julgou injustificável a ausência do secretário Especial de Portos, Pedro Brito, na comissão. Ele foi convidado a comparecer à audiência pública, mas mandou em seu lugar o superintendente da Guarda Portuária de São Paulo, coronel Jorge Pimentel. Para Assumção, "não poderia haver prioridade maior para o secretário, do que falar sobre os problemas dos portos na audiência pública".


Quinta-feira, 17 de dezembro de 2009 - 19h22