Rio -  Estudantes, trabalhadores, políticos e artistas ocupam a ruas do Centro do Rio em manifestação contra a divisão dos royalties do petróleo. Representantes de diversas cidades do Rio e de outros estados também participam do ato, que deve reunir mais de 100 mil pessoas. 
O Espírito Santo, também é produtor de petróleo, vem fazendo pressão para a presidenta Dilma Rousseff vete o projeto que redistribui o dinheiro do petróleo para todos os estados da Federação, já que ambos estariam entre os mais prejudicados.
Jovens da cidade de Macaé no protesto | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Jovens da cidade de Macaé no protesto | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
O governo de São Paulo, outro que seria prejudicado com a divisão do dinheiro, não participará do evento. O governador do estado, Geraldo Alckmin, não vai participar da passeata nem irá enviar representante. Alckmin vai esperar a publicação da lei pela presidente Dilma Rousseff para definir uma ação mais efetiva. Já o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, virá com uma comitiva.
Previdência ameaçada
Com a aprovação da lei, os estados produtores teriam redução dos atuais 26% para 20% já a partir de 2013. Os munícios que produzem petróleo passariam a receber 15% no ano que vem e 4% em 2020. O dinheiro seria repassado aos estados não produtores, que saltaria de 7% para 21% a partir de janeiro. Já as cidades não produtoras passaria de 1,75% para 21%. O projeto também afeta contratos vigentes.
Protesto no Centro do Rio contra a divisão dos royalties do petróleo | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Protesto no Centro do Rio contra a divisão dos royalties do petróleo | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
O governo do Rio estima uma perda de mais de R$ 3,4 bilhões no próximo ano, e de R$ 77 bilhões até 2020. o Espírito Santo deixaria de arrecadar R$ 23,7 bilhões em royalties e participação especial até 2020. O governador Sergio Cabral chegou a dizer que os investimentos para a Copa do Mundo e as Olimpíadas ficariam comprometidos. Além disso, ele também alertou que os recursos dos royalties também são destinados à previdência Social, que ficaria ameaçada com a aprovação do projeto.
#VetaDilma
A manifestação também tomou conta na Internet. No Twitter, internautas criaram a hastag #VetaDilma, que é uma palavra-chave com o símbolo "#", para que informações sobre um mesmo assunto ganhem destaque na rede social. Nesta segunda-feira, o assunto ficou entre os mais comentados no Twitter.
A concentração começa na Candelária. Depois, a passeata, com a participação de trios elétricos, seguirá em direção à Cinelândia. Ali, o ato terá a participação de grupos musicais e artistas. Também será lido o manifesto, que pede o veto da presidenta Dilma Rousseff.
Fonte: ODIA