segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Agora é em Santos/SP

Santos

Greve dos portuários pode causar prejuízo de mais de US$ 250 mi por dia




Créditos: Arquivo
Da Redação do TvTribuna.com

Desde as 6 horas da manhã desta segunda-feira (21), os trabalhadores da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), empresa que administra o Porto de Santos, estão em greve. Cerca de 25 navios deixaram de entrar ou sair do porto devido a paralisação.

A greve de 24 horas ocorre porque a Codesp não cumpriu na íntegra a proposta salarial oferecida em agosto. De acordo com o presidente da Sindaport (Sindicato dos Empregados na Administração Portuária), a empresa liberou somente o reajuste salarial de 9,6%, e os demais itens da pauta, como auxílio-educação, não foram autorizados pelo governo. O sindicato representa 80% dos 1.400 empregados da Codesp.

Segundo o Sindamar (Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo), um navio parado registra um prejuízo entre 25 mil e 60 mil dólares/dia para o armador. Esse valor varia devido ao tipo de navio - granel líquido, sólido ou contêiner. Por dia, o Porto de Santos movimenta cerca de 300 mil toneladas de carga, o que representa também, em média, 260 milhões de dólares/dia (entre cargas exportadas e importadas).

De acordo com a Praticagem, só houve movimentação de navios entre às 2h e 5h30 da manhã desta segunda-feira. Quatro navios entraram e cinco deixaram o cais. Diariamente cerca de 37 manobras de navios, entre entradas e saídas, são registradas no Porto.

Apesar da realização do movimento grevista nesta segunda-feira, serviços essenciais como a Usina de Itatinga, Ale­moa, Ilha Barna­bé, Centrais Elétrica e Telefônica, Torre Grande, fornecimento de água e energia de baixa e alta tensão vão funcionar com equipes de plantão.

Em nota, a Codesp diz que não deixou de cumprir o que havia proposto aos trabalhadores. Abaixo veja, na íntegra, a resposta da empresa:

Com relação às negociações para estabelecimento de Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2012, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) esclarece:

O SINDAPORT incluiu novas reivindicações nas negociações deste ano para firmar Acordo Coletivo de Trabalho. A CODESP cumprindo o que estabelece o Art. 1º do Decreto 3735, de 24/01/2001, submeteu proposta ao Ministério do Planejamento,  envidando esforços para promover a inclusão de benefícios sociais comuns aos já praticados em uniformidade pelas Companhias Docas, conforme compromisso assumido e cumprido com a entidade sindical. A pasta Federal, entretanto, não autorizou algumas das cláusulas apresentadas;

Com relação à distinção aos novos funcionários, a CODESP propôs ao Ministério do Planejamento a suspensão da referida distinção para os admitidos até junho de 2011, ampliando, assim, um limite estabelecido no último acordo (2010/2011), cujo prazo limitava tais direitos aos admitidos até junho de 2006;

Portanto, em momento algum a CODESP deixou de cumprir o que propôs ao SINDAPORT, através do ofício DP-ED/128.2011, de 15/08/2011;

Finalmente, destacamos o índice de reajuste de 9,643%, prontamente aceito pelos empregados.

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